terça-feira, 6 de setembro de 2011

O Outro nas Nossas Decisões

http://diversao.terra.com.br/
Toda tomada de decisão, por mais simples que se apresente, gera um certo desconforto para ser concluída. Colocamos em questão as possíveis consequências, preferencialmente, aquelas que não são "boas". Por isso, acabamos dividindo nossas angustias com aqueles que confiamos, porque amamos ou porque são as pessoas mais especializadas no assunto em questão.

Mas... neste momento, em que contamos ao outro as nossas dúvidas e inseguranças frente a decisão, abrimos a "brecha" para que esse outro, dê a sua opinião, seja ela boa ou não. E aí... uma vez dada, essa opinião martela em nossa mente, como uma música de uma nota só, muitas vezes nos deixando mais confusos ainda.

Na verdade, quando buscamos a opinião do outro, é como se quisessemos apenas a confirmação da nossa própria opinião, e quando isso não ocorre, pronto... desmorona-se o mundo... e toda aquela, esperada coragem... desaparece de vez... e só sobra uma angustia ainda maior.

O outro tem um poder muito grande de influência em nossas vidas. Não se deixar levar pelas opiniões alheias não é fácil não, é preciso análise e determinação, mas principalmente, autoconfiança. A nossa intuição é mais certera do que qualquer outra opinião. Portanto, devemos ouvir as pessoas por suas experiências, mas deixar nossa intuição decidir.

Nunca deixe de seguir em frente porque outro não seguiria, pare por você, ou de preferência siga sempre em frente, mesmo que para isso você tenha que enfrentar obstáculos, mudar de caminho e Discutir Relações!!!

Para ilustrar, segue uma parábola muito linda:

O sonho de Svetlana

Desde pequena Svetlana só tinha conhecido uma paixão: dançar e sonhar em ser uma Gran Ballerina do Ballet Bolshoi. Seus pais haviam desistido de lhe exigir empenho em qualquer outra atividade. Os rapazes já haviam se resignado: o coração de Svetlana tinha lugar para somente uma paixão e tudo mais era sacrificado pelo dia em que se tornaria bailarina do Bolshoi.

Um dia, Svetlana teve sua grande chance. Conseguira uma audiência com Sergei Davidovitch, Ballet Master do Bolshoi, que estava selecionando aspirantes para a Companhia. Dançou como se fosse seu último dia na Terra. Colocou tudo que sentia e que aprendera em cada movimento, como se uma vida inteira pudesse ser contada em um único compasso. Ao final, aproximou-se do Master e lhe perguntou:

"Então, o senhor acha que eu posso me tornar uma Gran Ballerina?" Na longa viagem de volta a sua aldeia, Svetlana, em meio às lágrimas, imaginou que nunca mais aquele "Não" deixaria de reverberar em sua mente. Meses se passaram até que pudesse novamente calçar uma sapatilha. Ou fazer seu alongamento em frente ao  espelho. Dez anos mais tarde Svetlana, já uma estimada professora de ballet, criou coragem de ir à performance anual do Bolshoi em sua região. Sentou-se bem à frente e notou que o Sr. Davidovitch ainda era o Ballet Master. Após o concerto, aproximou-se do cavalheiro e lhe contou o quanto ela queria ter sido bailarina do Bolshoi e quanto doera, anos atrás, ouvir-lhe dizer que não seria capaz.

"Mas minha filha, eu digo isso a todas as aspirantes", respondeu o Sr. Davidovitch. "Como o senhor poderia cometer uma injustiça dessas? Eu dediquei toda minha vida! Todos diziam que eu tinha o dom. Eu poderia ter sido uma Gran Ballerina se não fosse o descaso com que o senhor me avaliou!" Havia solidariedade e compreensão na voz do Master, mas ele não hesitou ao responder: "Perdoe-me, minha filha, mas você nunca poderia ter sido grande o suficiente, se foi capaz de abandonar seu sonho pela opinião de outra pessoa."

Autor: Desconhecido